Réccua, desafia o espírito

Desafiamos o espírito. O nosso e o vosso. Porque amamos as nossas vidas, somos defensores do improvável e estamos de braços abertos para um mundo repleto de novas possibilidades. Para que cada momento se torne inesquecível. Porque a vida é irrepetível. A normalidade não faz parte de nós, praticamos a diferença e despistamos o habitual. Defendemos os sorrisos, os abraços, e as conversas faladas com o olhar. Não comemos pratos prontos e dançar de madrugada é uma das nossas bandeiras. Sonhamos acordados porque o sonho alimenta o espírito. A liberdade comanda-nos e define a nossa essência. Disso não abdicamos, somos donos da nossa vida. A liberdade é a possibilidade de sermos nós mesmos. Somos destemidos.

Pertencemos ao clã que não tem idade. Arriscamos sem limites, lutamos contra os medos. Somos defensores das paixões fora do tempo, das pernas cansadas erguidas em cima de uma prancha de surf, das danças de cerimónia que terminam em pés descalços. Queremos mais. Gostamos das road trips marcadas à última da hora, das partidas e das chegadas inesperadas. Sentir saudade é bonito, é ter a capacidade de deixar a pessoa ir para ter o prazer de a ver voltar. E gritamos. Gritamos bem alto porque gostamos de alguém. E não temos vergonha disso, o amor faz-nos sentir vivos. Somos anfitriões dos jantares em família, somos pelas serenatas, pelas marcas para a vida , pelas conversas de copo na mão, pelas conversas de copo no chão, pelas músicas trauteadas sem esperar um aplauso. Somos embaixadores da amizade, das pausas depois do almoço e dos encontros depois do trabalho. Defendemos os encontros improváveis, os beijos no canto do lábio, os amores quase-perfeitos e as paixões eternas de uma noite. Rimo-nos de nós próprios. Rimos muito. Errar para nós é a metáfora de acertar, porque só erra quem arrisca, quem sente, quem vive, e a nossa linha de aprendizagem não acaba aqui. Prosseguimos sempre o caminho com o entusiasmo de uma criança, porque sempre fomos assim, então deixamo-nos ir. Somos o pedalar do mundo, porque o que nos faz viver é o impulso para mexer, mexer com a monotonia. Pertencemos a um lugar único, do interior de nós mesmos, onde o espírito nos comanda. Onde tudo é cor. A vida é cor. É nossa. E é irrepetível. Réccua, desafia o espírito.